quarta-feira, 6 de abril de 2011

Politiquices

Quantas mais trapalhadas havemos ainda de aguentar ao agónico governo de Sócrates, Teixeira dos Santos (pobres dos seus ex-alunos da FEP), Jorge Lacão e companhia?
A pungente telenovela da derrapagem das contas públicas é apenas mais uma trapalhada, mas receio bem que não seja a última.
Há muitos anos que não tínhamos, em Portugal, um governo tão trapalhão e desqualificado como este (depois do Santana Lopes é claro).
Será que depois de mais esta inequívoca demonstração de incompetência política e financeira, ainda os há que ousam criticar o Presidente da República pela decisão de aceitação da demissão dos citados incompetentes?...
Quem gostaria de os ter como amigos, como confidentes e ainda de os ter como governantes? Certamente que para além dos do costume…, os do costume certamente.
Por diferentes razões, não suporto nenhum deles.
Não os conheço, nunca me cruzei com eles a não ser daquela vez em que circulava calmamente no meu “ram, ram” pela Nacional 109 e fui literalmente atirado p’rá valeta pelos pisteiros da comitiva para dar passagem a um deles.
Pessoalmente, até talvez o ministro dos assuntos parlamentares Jorge Lacão me inspire menos repulsa. É transparente nas suas fragilidades e mente e faz demagogia sem jeito. Parece um adolescente a brincar aos políticos.
Atira a pedra e foge, apontando para o lado. Mas nota-se a léguas que é um jogador, um actor estagiário. O seu narcisismo é, apenas, emoliente e não agressivo.
Sócrates, não. Quando fala para as câmaras parece ter contas a ajustar com quase toda a gente. Os seus esgares e os seus gestos são contidamente nervosos. Mente descaradamente. Mais grave ainda é que acredita naquilo que diz (esquizofrenia?) ou pensará que é muito mais fácil fazer o povo acreditar na mentira que o inverso, sendo certo que há verdades que não inspiram confiança?
Olha-se para ele e é como se estivéssemos a ver alguém que, desesperadamente, procurasse passar uma imagem de firmeza, convicção e autoridade. Mas não…, em Sócrates tudo é forçado e esforçado. É um político em stress permanente. Apetece fugir dele...
Eu já tinha desconfiado e agora pude confirmá-lo neste último mês.
Politicamente falando, Sócrates não é uma grande espingarda...Espero que o PS, eleitoralmente, lhe sobreviva...

Pobre país o nosso, condenado a esta triste e penosa sina de pedintes.
Pior ainda, é para além disso ter-mos de escolher para primeiro-ministro, Sócrates ou Passos Coelho, Passos Coelho ou Sócrates…

Glosando Almada Negreiros, digo apenas o seguinte: se não houver outra maneira de a gente se salvar, estamos perdidos! ...
… a não ser que apareça por aí um novo D. João IV

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